Ser feliz:
este é o desejo do homem que caminha sobre a terra.
A felicidade é a pérola que buscais,
enquanto mergulhados no mar da vida.
Embora os rochedos e as ondas vos dificultem o mergulho,
persistis em abrir as ostras, para colher o vosso prêmio.
Para cada pessoa, existe uma pérola;
e apenas a ela cabe encontrá-la.
Ainda que mergulheis em dupla,
cada um deve fazer a sua própria colheita;
ou nenhum de vós terá completado o mergulho.
Deveis ter presente que cada um tem o seu jeito de ser;
por isto, há entre vós diversas formas de mergulhar.
E vos cabe respeitar a todas,
assim como desejais que a vossa seja respeitada.
Há o mergulhador temeroso;
aquele que preza, acima de tudo,
a sua comodidade e segurança.
Experimenta a temperatura da água,
usa repelente de tubarões e assusta-se a cada sombra.
Evita as águas mais profundas,
foge aos rochedos que lhe parecem aguçados e
aos peixes que o cercam.
Perdido em seus medos,
não encontra a pérola que lhe cabe e
no fundo do mar permanece.
Há o prático, que ignora o mergulho, a água,
os corais e os peixes;
e vai direto às ostras que avista,
abrindo a todas, indiscriminadamente,
com a sua faca,
no afã de encontrar a pérola que procura.
E tão envolvido se encontra nessa busca,
e tantas ostras abre e examina apressadamente,
que a pérola que seria a sua torna-se igual a
tantas outras e escapa por entre seus dedos ávidos.
Há o sonhador,
a quem falta coragem para mergulhar e
que se deixa ficar idealizando a sua pérola.
Em sua imaginação,
encanta-se com a textura delicada,
a superfície perfeita, o colorido único.
A imagem preenche os seus sonhos,
anima os seus dias.
E em sua ilusão adora a pérola imaginária.
Na solidão da noite,
consola-se pensando que no dia seguinte
mergulhará para encontrá-la.
Pode acontecer que nenhum deles encontre a sua pérola,
mas ainda assim ela refletirá em todas as suas vidas;
o temeroso a encontra no conforto,
o prático na esperança e o sonhador na ilusão.
Deixai-me dizer-vos,
entretanto que o mergulhador sensato
é aquele que não faz da pérola a razão de sua vida;
desfruta, simplesmente,
de cada valioso minuto de que dispõe em cada mergulho.
Pois esse é
o que aproveita a carícia amiga da água em seu corpo,
aprecia a beleza intensa dos corais e admira,
embevecido, o nado inconsciente e
o colorido variado dos peixes que encontra.
Porque sabe que a pérola não é uma finalidade,
mas uma motivação.
E agradece ao Universo pela água onde mergulha;
pelos corais que oferecem as ostras e
pelos peixes que o acompanham.
Para ele, a pérola não é tão necessária,
porque a enxerga fragmentada em tudo que existe.
E esta é a lição que necessitais aprender:
encontrar a felicidade não deve ser a obsessão de vossa vida.
Mas a sua consequência.
__HASSAN__
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BOA NOITE ANJO!
ResponderExcluirQUE LINDA REFLEXÃO, GOSTO MUITO DESSE TEMPINHO QUE PASSO AQUI LENDO TUAS POSTAGENS E VENDO TODO TEU TRABALHO NAS COMUNIDADES, ME FAZ MUITO BEM, SINTO MUITA PAZ EM TUDO ISSO.
OBRIGADO ANJO POR ESSES MOMENTOS QUE ME FAZEM TÃO BEM
BEIJO