Não é de vós que depende o amor.
Abandonai a presunção de que o possais controlar.
Porque o amor não obedece às vossas vontades,
nem atende às vossas conveniências, nem segue a vossa lógica.
O amor não é a vela, mas o vento que a enfuna;
não é o caminho, mas a esperança que vos leva a percorrê-lo;
não é a noite, mas os sonhos que a povoam e adornam.
Abandonai, também,
a ideia de que o amor seja a felicidade.
Porque um está em vós,
enquanto a outra apenas visita a vossa alma,
durante breves e maravilhosos instantes.
O amor não está apenas na raiz dos vossos sorrisos;
muitas vezes,
é também a fonte de onde brotam as vossas lágrimas.
É a vossa paz, mas pode ser a vossa inquietude.
Como a brisa que vos afaga o rosto
pode tornar-se o vento que vos açoita.
E a rosa que encanta os vossos olhos
oculta os espinhos cruéis que vos magoam os dedos.
Pois a brisa é uma face do vento e os espinhos fazem parte da rosa.
Como a morte faz parte da vida,
o despertar é consequência do sonho e
a lágrima é o outro lado do sorriso.
Recordai:
eu vos tenho dito que a vossa vida é feita de contrastes.
E o amor, que está na origem da Vida,
não poderia deixar de ser o maior dos vossos contrastes.
Assim,
ele vos transporta entre a felicidade e o sofrimento,
a esperança e o desânimo,
a autoconfiança e a descrença em vós mesmos.
Ele ergue e destrói os vossos castelos.
É graças ao amor,
que uma pessoa preenche todos os vossos horizontes.
E é também por amor,
que a sua ausência faz cair o véu pesado
da tristeza sobre o vosso mundo.
O amor é o mais forte dos laços que vos podem ligar a alguém.
E, entretanto, é também o mais leve;
porque é nas suas asas que podem voar os vossos corações.
O amor é o berço das vossas esperanças.
E às vezes é também o seu túmulo;
compõe as belas canções que as embalam e
os réquiens que acompanham a sua morte.
Não controlais o amor;
ele, sim, é que vos controla.
Ele vos transforma em anjos ou demônios;
vos faz sinceros ou mentirosos, leais ou traidores,
alegres ou tristes.
E assim, aprendeis de quanto sois capazes;
quão estreitas são as fronteiras que separam os mundos invisíveis
que formam o universo que existe em cada um de vós.
O universo do vosso verdadeiro Eu.
__HASSAN__
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