Cada um tem o seu jeito próprio de ser.
E não nos cabe censurar os outros,
por serem diferentes de nós.
Não cabe à rosa branca menosprezar a vermelha;
nem à ave que domina os céus julgar-se superior
à gazela que corre sobre o solo.
Porque a verdade é que ninguém pode ser diferente do que é.
E não são iguais todas as folhas da mesma árvore;
nem todas as ondas do mesmo mar,
nem todas as flores que existem no mesmo jardim.
Assim eu vos tenho dito.
E também vos tenho dito que,
como as diferenças entre as flores fazem a beleza do jardim,
as diferenças entre nós formam a diversidade do mundo e
dão um novo encanto à Vida.
E assim acontece também na natureza.
Os contrastes entre as montanhas e os vales,
o verde da grama e o vermelho do barro,
a água e a terra,
formam as paisagens que nos encantam os olhos.
Aceitemos esta verdade;
e mais tolerante seremos com os nossos irmãos.
Mais fácil será a convivência entre nós,
porque não mais julgaremos os outros com os nossos parâmetros e
as nossas razões.
Eis que não nos é dado saber pelo que passam
aqueles que nos cercam;
nem o que dentro deles se passa.
E, como podemos julgar os seus gestos e as suas ações,
sem conhecer as suas causas?
Acreditais, acaso,
que a águia que voa entre as nuvens possa entender
a visão limitada da serpente que rasteja?
Ou que o poderoso leão compreenda o medo sem fim
que habita o tímido coração do rato?
Em verdade,
nenhum direito nos cabe de julgar os nossos irmãos.
Porque ninguém, senão o próprio homem usufruirá do que semear;
cada um deverá colher o seu sucesso ou o seu fracasso.
Cada um ama ou odeia do seu jeito;
sofre ou é feliz do seu jeito.
Cada um tem as suas próprias ideias,
as suas próprias convicções;
cada um vive do seu jeito,
tem o seu caminho e o seu aprendizado.
Cada um comemora ou lamenta as suas decisões;
festeja os rumos que escolheu,
ou amarga o seu arrependimento.
Mas, por assim ser,
devemos respeitar as escolhas dos nossos irmãos.
Este é o caminho da tolerância;
e é dela que nascem a compreensão e a paz.
Porque a paz não existirá entre os homens,
enquanto cada um insistir em aferrar-se
a suas ideias e seus desejos.
Aprendamos a respeitar os nossos irmãos.
Porque, quando o conseguirmos,
saberemos respeitar os seus pensamentos e as suas vontades;
ainda que nem sempre concordemos com eles.
Caminhamos juntos.
Mas, embora o destino seja o mesmo,
de cada um dependem a escolha do caminho e
o tempo que gastará em percorrê-lo.
É ao final da jornada,
que todos nos encontraremos.
No Coração do Universo.
__HASSAN__
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