Todo caso de amor é igual a todos os outros.
E, entretanto,
cada um é único em si próprio.
Assim como cada rosa é diferente de todas as outras
que possam existir no mesmo jardim.
Porque cada uma tem as suas características,
um jeito próprio de ser.
Todas as rosas têm pétalas, perfume e espinhos.
Mas cada rosa tem as suas próprias pétalas,
o seu próprio perfume e os seus próprios espinhos;
cada uma tem um jeito de ser botão e desabrochar.
Cada rosa sente de uma forma própria o calor do sol,
quando a manhã começa a nascer;
e o frio da noite que se aproxima,
quando o céu escurece e o crepúsculo lança sombras sobre o mundo.
Enfim, cada rosa é um mundo em si mesmo.
E, como não são iguais os mundos que gravitam
ao redor do sol,
nem os dedos que formam a mesma mão,
também as rosas são diferentes entre si.
E assim também acontece aos amores.
Porque cada amor é diferente,
embora todos os amores brotem do coração,
provoquem alegrias e tristezas,
sorrisos e prantos,
alimentem muitos sonhos e segredos.
Cada amor tem um jeito diferente e próprio de ser.
Cada um surge em um momento;
cada um tem as suas próprias alegrias e tristezas,
os seus sorrisos e prantos,
os seus próprios sonhos e segredos.
Cada amor tem as suas próprias músicas,
os seus próprios cheiros,
as suas próprias lembranças.
Cada um tem os seus instantes mágicos,
as suas próprias sensações,
suas ilusões e decepções.
Cada amor é uma página diferente,
que se escreve à medida que se vive.
É feito de segundos, que fogem ao tempo;
é uma obra de arte,
pintada com as suas próprias tintas e
os seus próprios pincéis.
Cada amor é como uma escultura,
talhada em nossos corações e não na pedra dura.
E, ainda que o artista seja o mesmo,
cada escultura é diferente;
porque provoca outras emoções e reações.
Cada amor tem os seus próprios gritos e sussurros;
as suas próprias esperanças e
os seus próprios desenganos.
Tem as próprias carícias e os momentos em que
as mãos se recolhem, inertes.
Cada amor tem as suas próprias flores e
os seus próprios espinhos;
as suas ocasiões de esplendor e
os seus próprios esqueletos,
trancados em armários que ninguém gosta de
abrir para recordar.
Não somos perfeitos; e, se assim é,
também os nossos amores não podem ser perfeitos.
Como bem disse o poeta, não são imortais,
porque são chamas; mas basta que sejam infinitos,
enquanto durem.
Todo caso de amor é igual a todos os outros;
porém, todos são diferentes.
São as nossas mais lindas flores e
os nossos mais agudos espinhos.
Porque, assim como nós,
nossos amores não são perfeitos.
Mas nos conduzem, por instantes,
aos Jardins da Felicidade.
__HASSAN__
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