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quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

☜♡☞...ASSIM É O AMOR...☜♡☞


O amor não nos pertence.
Como acontece com a felicidade,
ele apenas nos visita.
E, enquanto se hospeda em nossa alma,
faz mais colorido o dia,
mais acolhedora a noite e mais belas as notas da canção.

O amor nos traz a Vida.
E bem-aventurado é aquele que o conhece,
ainda que por apenas um dia e uma noite;
porque voará com as asas do sonho e conhecerá um novo mundo.

Como o templo adornado pelas mais viçosas flores,
é o coração onde habita o amor.
E o seu altar sagrado é o corpo amado,
onde o amante encontra a celebração do Universo.

Sim. E o amor é puro como a alegria da criança,
a nuvem branca no céu e o regato cristalino,
que entre as pedras inóspitas da montanha faz ouvir a
sua canção de esperança.

Comparais o amor à rosa;
e eu vos digo que é afortunada a analogia.
Porque, se como a rosa o amor é belo e de pétalas macias,
como a rosa guarda também os seus espinhos.

É assim que é.
E, se ao prático assusta a ameaça dos espinhos,
apenas a beleza da rosa importa ao sonhador;
e um e outro estão certos,
ao temer os seus efeitos e cantar os seus encantos.

No manto encantado do amor,
cintilam como estrelas as nossas mais belas ilusões;
entretanto, é também nas suas dobras que se ocultam os mais amargos desencantos.

Na sua voz vibram as mais sedutoras promessas,
que nos fazem enxergar um futuro de harmonia e felicidade.
No seu rastro, todavia, nada se pode ver além da saudade.

Necessitais atender ao seu chamado, porém.
Porque é preciso conhecer o amor, para conhecer a si mesmo;
para descobrir a magia da companhia e o tormento do ciúme.

Assim é o amor.
E se faz presente no primeiro vagido do bebê,
nos passos inseguros do infante ou
no derradeiro suspiro daquele que bem soube viver o seu tempo.

Assim é o amor.
Que se encontra no primeiro olhar,
nutre-se do primeiro toque e
no primeiro beijo descobre um infinito mar de sensações,
que no orgasmo atingem a plenitude.

Assim é o amor.
A porta pela qual chegamos a este planeta,
a estrada que percorremos para o crescimento,
a nossa maior motivação para seguir em frente dia após dia.

Assim é o amor.
Que não nos pertence, mas está em nós.

Como a eternidade.

__HASSAN__

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

☜♡☞...SUAS ESCOLHAS...☜♡☞



Acredite: você é aquilo que acredita ser.
Você tem aquilo que acredita poder ter.
Você recebe da vida aquilo que doa.
Por isso, não me venha com reclamações,
e muito menos, acusações.

Muita gente, mas muita gente mesmo, jura de pés juntos,
que está vivendo essa ou aquela situação por causa de alguém.

É tão difícil encontrar alguém que assuma os erros,
quanto é difícil encontrar um motorista que assuma,
que ele foi o responsável pela batida do carro.

Tem gente que já nem sabe mais falar, apenas reclamar.
Reclama do tempo, do governo, da escola, dos parentes, do sócio,
do comércio, do banco, dos juros, do sapato, dos passarinhos e até de Deus.
Gente que nem percebe que já faz tempo que virou ateu.

Ao olhar para dentro de você e buscar respostas para sua insatisfação,
você remove uma casca que encobre uma ferida que pode estar infeccionando.

Assuma os erros, as decisões erradas e parta para as soluções.
Comece uma mudança de pensamento, de atitude, sendo mais positivo.
Acreditando na sua capacidade de criar, de transformar, de arriscar.

Arrisque-se na busca da felicidade, que por vezes está tão perto...

Não fuja de você, das suas carências e necessidades.
Ame-se profundamente e entenda que a vida pede atitudes imediatas,
mas jamais, imediatistas, onde nos propomos uma mudança e nunca mudamos.

Aprenda por fim, se já não souber, que a Vida é professora competente.
Mostra através de situações reais, sua capacidade e valor.
E você decide, se muda pelo amor, ou pela dor.
A escolha é sempre sua.


__PAULO ROBERTO GAEFKE__

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terça-feira, 17 de janeiro de 2017

☜♡☞...A PIPA E A FLOR...☜♡☞



Fiquei triste vendo aquela pipa enroscada no galho da árvore. Rasgada, ela girava e girava, ao vento, como se quisesse escapulir. Mas não adiantava. Você já viu aqueles bichinhos de asas, quando eles caem em teias de aranha?
Era daquele jeito.

Tive dó. Pipa não foi feita para acabar assim. Pipa foi feita para voar. E é tão bonito quando a gente as vê, lá no alto.

Eu sempre quis ser uma pipa. Bem leve, sem levar nas costas nada que pese (o que é pesado puxa a gente para baixo...), papel de seda, taquara fina que enverga, mas não quebra, linha forte, um pouquinho de cola e, pronto !
Lá está a pipa, pronta pra voar.

As cores e as formas (que são tantas!) a gente escolhe aquelas que o coração está pedindo. Pipa, pra ser boa, tem que se parecer com os nossos desejos (e eu penso que as pessoas também, para serem boas,
têm de ter uma pipa solta dentro delas).

Não é preciso vento forte. Uma brisa mansinha deve levá-la até lá em cima, perto das nuvens. É por isso que elas têm de ser bem leves. O vento chega, as folhas das árvores tremem, e lá vão elas subindo, pra dentro do vazio do céu.

Só que tem uma coisa gozada. Pipa, pra subir, tem de estar amarrada na ponta de uma linha. E a outra ponta é uma mão que segura. É assim que a pipa conversa, através da linha. A mão puxa a linha e sente a linha firme,
puxando pra cima, querendo ir.

E a pipa dizendo: "Me deixa ir um pouco mais..."

Mas se a linha responde frouxa, é a pipa dizendo que está sem companheiro, o vento foi embora, e ela quer voltar pra casa.

Quando eu era menino, e me lembro, havia um homem.

Justo quando as pipas estavam lá em cima batizadas, carretilha sem mais linha para dar, ele vinha e comprava as pipas dos meninos. Pagava o preço justo. Só que o gosto dele era cortar a linha. Quem nunca brincou com elas vai pensar que, com a linha cortada, vão subir cada vez mais alto, nas costas do vento,
sem nada que as segure.

Mas não é assim. Quando a linha arrebenta, começam a cair. E vão caindo sempre, cada vez mais longe, tristes, abanando as cabeças...

O menino que a fez estava alegre, e imaginou que a pipa também estivesse. Por isto fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho:
dois olhos, um nariz, uma boca.

Ô, pipa boa: levinha, travessa, subia alto. Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.

"Vocês não me pegam, vocês não me pegam..."

E, enquanto ria, sacudia o rabo em desafio. Chegou até a rasgar o papel, num galho que foi mais rápido, mas o menino consertou,
colando um remendo da mesma cor.

Amigos, tinha aos montões. E os seus olhos iam agradando à todos eles, sempre com aquela risada gostosa, contando casos.

Mas aconteceu um dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhar para baixo e viu, lá num quintal, uma flor. Ela já havia visto muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da flor se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos.

Quem não entende pensa que todos os olhos são parecidos, só diferentes na cor. Mas não é assim. Há olhos que agradam, acariciam a gente como se fossem mãos.

Outros dão medo, ameaçam, acusam, e quando a gente se percebe encarados por eles, dá um arrepio ruim por dentro. Tem também os olhos que colam, hipnotizam, enfeitiçam.

A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa. Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias.

E assim, resolveu mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão, arrebentou a linha e foi cair devagarinho, ao lado da flor.

E deu a sua linha para ela segurar. Ela segurou forte.

Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima ela conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias que ela pudesse dormir.

E ela pediu: "Florzinha, me solta..."

E a florzinha soltou.

A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá em baixo.

Mas a flor, aqui debaixo, percebeu que estava ficando triste. Não, não é que estivesse triste. Estava ficando com raiva. Que injustiça que a pipa pudesse voar tão alto e ela tivesse de ficar plantada no chão. E teve inveja da pipa.

Tinha raiva quando via as pipas lá em cima, tagarelando entre si. E ela, flor, sozinha deixada de fora.

"Se a pipa me amasse de verdade não poderia estar feliz lá em cima, longe de mim. Ficaria o tempo todo aqui comigo..."

E à inveja juntou-se o ciúme. Inveja é ficar infeliz vendo as coisas bonitas e boas que os outros têm e nós não. Ciúme é a dor que dá quando a gente imagina a felicidade do outro, sem que a gente esteja com ele.

E a flor começou a ficar malvada.

Ficava emburrada quando a pipa chegava. Exigia explicações de tudo.

E a pipa começou a ficar com medo de ficar feliz,
pois sabia que isto faria a flor sofrer.

E a flor foi, aos poucos, encurtando a linha. A pipa não mais podia voar. Via, ali de baixinho, de sobre o quintal (esta era toda a distância que a flor lhe permitia voar) as outras pipas lá em cima.

E sua boca foi ficando triste. E percebeu que já não gostava tanto da flor, como no início.

Esta estória não terminou. Está acontecendo agora, em algum lugar. E há 3 jeitos de escrever o seu fim. Você é que vai escolher.

1. A pipa ficou tão triste que resolveu nunca mais voar. "Não vou te incomodar com meus risos, flor, mas também não vou te dar a alegria de meu sorriso."

E assim ficou amarrada à flor, mas mais longe dela do que nunca, porque o seu coração estava em sonhos de vôos e nos risos de outros tempos.

2. A flor, na verdade, era uma borboleta que uma bruxa má havia enfeitiçado e condenado a ficar fincada no chão. O feitiço só se quebraria no dia em que ela fosse capaz de dizer não à sua inveja e ao seu ciúme e se sentisse feliz com a felicidade dos outros.

E, aconteceu que, um dia, vendo a pipa voar, ela se esqueceu de si mesma por um instante e ficou feliz ao ver a felicidade da pipa. Quando isto aconteceu, o feitiço se quebrou e ela voou, agora como borboleta, para o alto e os dois, pipa e borboleta puderam brincar juntos.

3. A pipa percebeu que havia mais alegria na liberdade de antigamente que nos braços da flor. Porque aqueles eram braços que amarravam. E assim, num dia de grande ventania, e se valendo de uma distração da flor, arrebentou a linha e foi em busca de uma outra mão que ficasse feliz vendo-a voar nas alturas.

__RUBEM ALVES__

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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

☜♡☞...O APRENDIZADO DA SAUDADE...☜♡☞


O Tempo nos leva os sonhos e as pessoas.
Não como um algoz implacável;
mas como o rio que, indiferente,
arrasta no seu curso tudo aquilo que,
um dia ou uma noite,
o mesmo tempo arrojou às suas águas.

Sim; nada nos leva o Tempo, além do que um dia nos trouxe.
As nossas lágrimas de hoje são o eco esmaecido dos nossos sorrisos de ontem;
o que nos faz chorar é o que nos fez sorrir.

As nossas lágrimas durarão, até que nos chegue um novo sorriso.
Então, como o calor do sol enxuga e fertiliza a terra ensopada da chuva,
uma nova esperança haverá de brotar.

É assim que é.
Assim tem sido, desde o início dos tempos,
na vida de todas as pessoas.
Porque a Vida,
a verdadeira Vida, não é senão o caminho do aprendizado,
que leva ao Coração do Universo.

Não devemos chorar de saudades, por nossos beijos do passado;
mas recordar com gratidão as sensações intensas que nos trouxeram,
os sonhos que despertaram em nós.

Não devemos lastimar as mãos que se separaram,
mas agradecer pelo tempo em que juntas estiveram;
em que cada afago trazia em si mesmo uma promessa de amor eterno.

Não devemos acalentar a frustração,
pelos amores que tenhamos perdido ao longo do caminho;
mas abrigar para sempre a sensação de plenitude que trouxeram às nossas almas.

Porque sempre haverá beijos que já não se repetem,
mãos que não mais se entrelaçam e amores que se foram.
Sempre haverá pessoas queridas que nos deixam e continuam em nós.

Entretanto, não é sábio acalentar a tristeza da perda,
quando se pode recordar a alegria do encontro;
não é sábio mergulhar na solidão,
quando se pode rememorar a companhia.

A vida continua, todos os dias;
e por isto é preciso conservar as boas lembranças e
afastar de nós a amargura que nos trouxe a separação.
Este é o aprendizado da saudade.

Porque as boas lembranças nos libertam,
enquanto a amargura nos prende ao que se foi.
E acorrentar-se ao passado é renunciar à liberdade de viver o presente e
construir o futuro.

Sim; o Tempo nos leva os sonhos e as pessoas.

De cada vez que isto acontece,
a nossa alma se despe das vestes que usa perante o mundo.
E nua, tímida, vigia a pequenina chama da esperança,
que bruxuleia em meio à escuridão que nos envolve.

É ela que fará brotar um novo dia.

__HASSAN__

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SAUDADE -PABLO NERUDA


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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

☜♡☞...O AMOR EM VÓS...☜♡☞


Não é de vós que depende o amor.

Abandonai a presunção de que o possais controlar.
Porque o amor não obedece às vossas vontades,
nem atende às vossas conveniências, nem segue a vossa lógica.

O amor não é a vela, mas o vento que a enfuna;
não é o caminho, mas a esperança que vos leva a percorrê-lo;
não é a noite, mas os sonhos que a povoam e adornam.

Abandonai, também,
a ideia de que o amor seja a felicidade.
Porque um está em vós,
enquanto a outra apenas visita a vossa alma,
durante breves e maravilhosos instantes.

O amor não está apenas na raiz dos vossos sorrisos;
muitas vezes,
é também a fonte de onde brotam as vossas lágrimas.
É a vossa paz, mas pode ser a vossa inquietude.

Como a brisa que vos afaga o rosto
pode tornar-se o vento que vos açoita.
E a rosa que encanta os vossos olhos
oculta os espinhos cruéis que vos magoam os dedos.

Pois a brisa é uma face do vento e os espinhos fazem parte da rosa.

Como a morte faz parte da vida,
o despertar é consequência do sonho e
a lágrima é o outro lado do sorriso.

Recordai:
eu vos tenho dito que a vossa vida é feita de contrastes.

E o amor, que está na origem da Vida,
não poderia deixar de ser o maior dos vossos contrastes.

Assim,
ele vos transporta entre a felicidade e o sofrimento,
a esperança e o desânimo,
a autoconfiança e a descrença em vós mesmos.
Ele ergue e destrói os vossos castelos.

É graças ao amor,
que uma pessoa preenche todos os vossos horizontes.
E é também por amor,
que a sua ausência faz cair o véu pesado
da tristeza sobre o vosso mundo.

O amor é o mais forte dos laços que vos podem ligar a alguém.
E, entretanto, é também o mais leve;
porque é nas suas asas que podem voar os vossos corações.

O amor é o berço das vossas esperanças.
E às vezes é também o seu túmulo;
compõe as belas canções que as embalam e
os réquiens que acompanham a sua morte.

Não controlais o amor;
ele, sim, é que vos controla.
Ele vos transforma em anjos ou demônios;
vos faz sinceros ou mentirosos, leais ou traidores,
alegres ou tristes.

E assim, aprendeis de quanto sois capazes;
quão estreitas são as fronteiras que separam os mundos invisíveis
que formam o universo que existe em cada um de vós.

O universo do vosso verdadeiro Eu.

__HASSAN__

☜♡☞...☜♡☞

☜♡☞...☜♡☞