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terça-feira, 24 de outubro de 2017

☜♡☞..BALADA DA SAUDADE..☜♡☞



Por que falar de dor e separação?

Na saudade,
existem também a alegria do encontro e
a doçura das boas lembranças.
E, se assim é,
a cada um cabe escolher entre o fel da tristeza e
o mel das recordações.

Saudade, eu vos tenho dito,
não é a ausência de alguém querido;
mas a sua presença.
Porque ninguém terá realmente partido de nós,
enquanto estiver em nossas lembranças.

Saudade é prova de que se tem uma história;
de não ser um livro em branco.
De não haver passado pelo mundo como mais uma nuvem pelo céu;
de ter chovido e feito algo brotar.

Saudade é chorar e sorrir ao mesmo tempo.
É lamentar a separação e
agradecer pelo tempo em que existiu a companhia.
É a solidão que faz doer e a recordação que reconforta.

Saudade é a lembrança de um momento;
de um instante fugaz que parecia sepultado no passado,
mas volta à nossa memória.
Saudade é um lugar, um aroma, uma música.

Saudade é amor;
é uma ternura tão grande que parece preencher
o vazio em que se torna o mundo,
quando um ente amado se vai.
Saudade é o mal e o seu próprio remédio.

Saudade é o pranto e o sorriso;
a dor de perder e a alegria de ter encontrado.
Saudade é faca amolada, que dilacera o coração;
e remédio milagroso que o conserva unido,
a bater.

Saudade é um painel encantado de lembranças.
De beijos, afagos e abraços;
de gestos, de emoções compartilhadas.
De vivências que a memória resgata ao
torvelinho do passado.

A saudade é a última filha do Amor.
E, como o Amor, não pode ser definida;
apenas sentida.
Habita em nosso verdadeiro Eu e
não conhece os limites do espaço e
do tempo.

Para falar de saudade,
não é preciso falar de sofrimento.
De cada pessoa,
depende lamentar a frustração da partida;
ou festejar o tempo feliz em que
desfrutou da companhia.

Devemos, pois, fazer a nossa escolha.
Porque a saudade, como o Amor,
é diferente para cada um de nós;
e a cada um cabe aceitar o seu abraço,
ou enfrentar o seu açoite.

Saudade é desejo de voltar no tempo.
De retornar ao aconchego, acariciar e ser acariciado;
reviver momentos de paixão ou ternura,
reencontrar o encanto do Amor em nossa alma.

É um misto de mágoa e reconforto;
uma sensação de perda e gratidão,
vazio e plenitude.
É, ao mesmo tempo, a tristeza de estar só e
a felicidade de sentir-se acompanhado.

Saudade não é a partida do amado.

É a permanência do Amor.

__HASSAN__

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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

☜♡☞...MEU ETERNO AMOR...☜♡☞


Quando vem clareando o dia,
Vejo você na luz que alumia a manhã
E nas ternas flores do jardim molhadas
Pelo orvalho da madrugada.

Vejo você nas matas verdes
Onde no alto de suas árvores
Os passarinhos cantam suas melodias...
Em suas canções o som suave de sua voz.

Você está nas gotas de chuva
Que caem levemente lá fora...
No divinal arco-íris cuja beleza
Refletem nas águas claras do mar.

À tardinha quando o sol se deita
Sobre o seu manto de arrebol,
Vejo você em suas rubras cores e na luz mística
Da lua que vem prateando à noite.

Você é a estrela que mais brilha no luar
Que irradia alegria na abóbada estelar
Iluminando com o esplendor do amor
À minh’alma, meu céu interior.
Enfim, você está em minha mais nobre emoção...
Em tudo que é belo...
Na mansidão de minha prece...
Em meu sagrado poema – razão do seu tema.
Eternamente tatuado em meu coração.

__Elias Akhenaton__

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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

☜♡☞...BEIJOS AO VENTO...☜♡☞



Beijos ao vento lançados,
serão pelo vento levados...
O vento que aqui venta,
sempre venta igual, e não inventa...
Quando está ventando,
os beijos vai levando,
para quem os está esperando,
e não estou inventando,
estou só poetando...
Quando em vento falo,
não invento, e nem me calo...
Apenas ao vento faço entrega,
os beijos que a ninguém se nega...
Sinta o vento que por teu corpo passa,
como um abraço que te abraça,
como um beijo que te beija...
Esse é o vento que se deseja,
que sempre sopre e não desapareça,
para que o amor enfim apareça...

__Marcial Salaverry__

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

☜♡☞...CRÔNICA DE UM VÔO NOTURNO...☜♡☞


Voando… apenas voando.

Corpo e coração soltos no espaço e no tempo.
Como se limites não existissem;
como se o impossível se tornasse possível e
os contos de fadas pudessem tornar-se realidade.

Apenas voando.
Boiando no escuro da noite,
entre os pirilampos da terra e as estrelas do céu,
ao sabor dos ventos.
Flutuando, como os sonhos que o tempo leva.

Sem recordações do passado, sem esperanças no futuro.
Sem pensamentos, sem ideias, sem emoções.
Apenas uma leve sensação de frio na pele,
à caricia suave da brisa.

Corpo relaxado, coração em busca da paz.
Talvez a paz do esquecimento,
ou – quem sabe ?
– a serenidade da compreensão plena,
que traz a comunhão com o Infinito.

A beleza de simplesmente existir,
a liberdade sem vínculos,
o direito de apenas seguir o vento.
O roteiro não importa,
quando sabe o viajante que chegará ao destino.

A realização de nada possuir e
ao mesmo tempo desfrutar de todo o universo.
A sensação de ser parte,
de constituir o todo e
ao mesmo tempo manter a individualidade.

O cheiro da terra, os aromas das flores,
os sons dos animais.
As cores da madrugada que se aproxima e
aplica no horizonte as primeiras pinceladas de um novo dia.

O riacho que canta,
o mar que faz murmurar ou bramir as suas ondas,
e a lagoa escura,
imersa em um silêncio tão profundo e
insondável quanto as suas próprias águas.

Por todos os cantos, o sopro da Vida.
Uma presença invisível e, entretanto,
tão real que atravessa os poros do corpo e
faz sentir na alma a dimensão da Eternidade.

Voando... apenas voando.
Desfrutando a plenitude de um instante inusitado,
em que a voz do Infinito ressoa aos ouvidos do verdadeiro
Eu, trazendo a certeza da Vida.

Ou, talvez, um delírio inconsequente.
Uma projeção dos próprios desejos;
um sonho que ficará nas horas desta noite,
para ser esquecido no amanhã que se aproxima.

Voando... apenas voando.


__HASSAN__

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