Um coração que não é de papel e que tantas vezes sangra.
Somos humanos, choramos nossas dores, perdas, saudades, amores,
incompreensões, dúvidas e certezas de que nada é certo.
E o que diferencia uma pessoa de outra, é justamente isso, o coração.
Quanto amor nos habita faz toda diferença nas nossas atitudes.
E a indiferença não nos alcança.
Com sensibilidade passamos a sentir o que acontece dentro de nós,
ainda que tantas vezes, a gente não compreenda.
Vivemos num mundo extremamente egoísta,
onde a violência predomina nos corações que matam o amor.
Mas , graças a Deus, ainda existem pessoas do bem,
que cultivam o amor como cuidam dos seus jardins.
Arrancam as ervas daninhas que tentam invadir
o espaço reservado para os bons sentimentos florirem em sua alma,
e escolhem o amar todos os dias.
É uma pena que exista coração onde o amor não tem lugar,
e a vida o embrutece.
O carinho, a delicadeza, a ternura e o
afeto ficam esquecidos.
Criam uma crosta dentro de si.
Assistem a vida passar sem perceber.
Transformam-se numa fortaleza de pedra.
Uma frieza invade o ser, congela os sentimentos e, por fim,
impede que ouça seu próprio coração,
quanto mais as vozes de outros que gritam em silêncio.
Quem ama carrega coisas boas dentro do peito,
a começar por um coração de carne, sensível,
flexível, maleável que bate forte incontáveis vezes e
pulsa e vibra todo amor que arde em seu interior.
__Nil Almeida__
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